Nas bordas do silêncio - Igor Bueno
Nas bordas do silêncio
Me fiz palavra rubra
Poder viver o que me tange
É também cuidar da secura
Regar as planícies vastas
Ver florescer o porvir
A nudez vestindo meu sangue
Me preciso neste seguir
Saudando o adeus escarrado
Que trouxe tanto aprender
E poder seguir renovado
Já não mais corroendo para ser
Aonde mora a memória
Que pariu minha ferida?
Assertiva até outrora
Latejava desmedida
Não sei mais seu paradeiro
Nem mesmo tuas veredas
Aprendi a ser veleiro
Deixando ventar as perdas
Antes sendo do que sendas
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