Fragmentos de uma poética longínqua - Igor Bueno
Asas são fontes de vôos mas possuem suas fragilidades.
Quem nunca buscou voar em paisagens de amor onde o vento bradava ao revés das batidas?
Há uma parcela pássara errante que me aventura em nudez.
Busquei cantar e chegar a ti,
Não havia suficiência para tantas camadas.
Você permaneceu lá, em sua rotação, imóvel aos percalços.
Então tentei me compreender enquanto estrela
Mas para ti sou humano, tu estrela... E há verdade nisso,
Mas há também a verdade da órbita ao redor de meu seio
E dessa implosão que sinto com sua ausência.
Me faço constelação se preciso mas e você, se faria de humana para compreender meu universo?
Mesmo que eu adormeça e te peça em sonhos a companhia
Nossa morada é distante e nem mesmo os sonhos dariam conta.
Não deram quando tu me guiava as fantasias e agora sinto de mudar as criações que nos remetem.
Que dancem o quanto for possível aos meus olhos de luneta,
Para me proteger, irei partir na próxima primavera.
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